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15/10/2018 - 11h54Prédio do antigo fórum: o novo espaço da cultura em UberlândiaContrato de cessão do imóvel será assinado nesta terça, 16, em Belo Horizonte, entre TJMG e prefeitura de Uberlândia

Prédio do fórum de Uberlândia é um exemplar da chamada "arquitetura brutalista" dos anos de 1970 O destino do antigo prédio do fórum de Uberlândia está traçado. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e Município do Triângulo Mineiro irão assinar na próxima terça-feira, 16 de outubro, um convênio por meio do qual o Judiciário mineiro irá ceder ao município, sem ônus, o uso do imóvel, localizado na Praça Jacy de Assis, s/nº, centro da cidade. Pelo contrato, o espaço poderá ser utilizado para abrigar biblioteca e centros culturais. A assinatura irá acontecer na sede do Tribunal mineiro (avenida Afonso Pena, 4.001, Serra, na capital), às 11 horas. “Pelo seu valor histórico e arquitetônico, pelo simbolismo que o edifício representa para a cidade e por sua localização privilegiada, era importante que fosse novamente apropriado pelos cidadãos para novos usos, de caráter cultural e de formação educacional e que permitisse a manutenção de sua função pública. Essa nova destinação,  possibilitada por meio dessa parceria entre Judiciário mineiro e o Executivo local, é um presente para a cidade”, ressalta o presidente do TJMG, desembargador Nelson Missias de Morais, que irá assinar o convênio juntamente com o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão. Projetado pelos arquitetos mineiros Roberto Pinto Manata e José Carlos Laender de Castro dentro dos princípios da chamada arquitetura brutalista da década de 1970, o prédio foi inaugurado em 1977. “Existe hoje na comunidade o interesse em tombar o edifício, pois se trata de um importante patrimônio da cidade, um marco arquitetônico de Uberlândia, em função de seu projeto moderno”, conta a diretora do foro da comarca, juíza Maria Elisa Taglialegna. A transformação do antigo fórum em um espaço destinado a atividades de caráter cultural tornou-se possível a partir da construção da nova sede do Judiciário na comarca, inaugurada em dezembro do ano passado. Na avaliação da magistrada, a opção por abrigar no antigo espaço um centro cultural fará com que o imóvel possa servir à comunidade de outra forma, não apenas como repartição pública. “Onde era o antigo Salão do Júri, por exemplo, haverá uma espécie de anfiteatro para a realização de eventos culturais e palestras”, adianta. Pelo contrato, parte do 1º pavimento do imóvel permanecerá sendo utilizado pelo Judiciário local como centro de arquivo e documentações processuais – outra parte do arquivo ocupa, atualmente, o novo fórum. “Essa será uma contrapartida da Prefeitura: poderemos manter o arquivo no imóvel, com a vigilância e a limpeza do espaço sendo mantidas pelo Município”, explica a magistrada. A cessão do uso do imóvel ao Poder Executivo local se dará por um prazo de 60 meses, com possibilidade de prorrogação. Levantamento arquitetônico A professora da faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Design da Universidade Federal de Uberlândia (FAUeD/UFU), Maria Eliza Alves Guerra, afirma que o levantamento feito para avaliar os possíveis novos usos do antigo fórum de Uberlândia revela a importância do espaço para a cidade. “Para realizar o estudo, levamos em conta persos fatores, como o valor simbólico do edifício, que é uma construção valorosa para a arquitetura moderna da região e um marco urbano; sua centralidade como ponto referencial de encontro; o fato de ele estar localizado próximo ao Terminal Central, o que facilita o acesso ao Sistema de Transporte Público de Uberlândia; e a versatilidade de usos que ele oferece, entre outros aspectos”, explica a professora. Os estudos foram realizados ao longo do segundo semestre de 2017, dentro de disciplina oferecida pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da faculdade. A partir disso, foi realizado workshop, como parte do seminário Docomomo Brasil, que aconteceu em Uberlândia, e que integra um fórum internacional que discute, entre persos temas, a preservação da produção do Movimento Moderno na arquitetura e urbanismo. Além disso, foi realizado pesquisa junto à comunidade quando se verificou o desejo de que o antigo fórum abrigasse atividades como biblioteca, oficinas de artesanato, museu, espaço para cursos e galeria de arte, entre outras. De acordo com a professora, que é arquiteta e urbanista, as discussões incluíram também avaliações sobre a importância de o espaço ser ocupado por atividades que impactassem positivamente na dinâmica urbana, até mesmo como uma forma de recuperação do entorno daquele espaço, pois as atividades econômicas instaladas as redor do edifício sofreram impacto com a saída do fórum dali. Por isso, para a professora, é muito bem-vinda a notícia de que ali poderão ser abrigadas atividades que tragam “mais vida” à edificação. “O edifício do antigo fórum é um equipamento arquitetônico referência na região e que identifica a cidade nacionalmente em termos de arquitetura”, conta. A professora avalia que seria interessante que a nova destinação não significasse um rompimento em relação ao antigo uso do prédio. “Poderia haver ali um espaço dedicado à história do Judiciário local”, sugere, lembrando que o primeiro fórum de Uberlândia foi demolido e que é importante preservar a memória da Justiça na comarca. Ela destaca ainda o fato de o edifício ter 40 anos e necessitar de adequação e reparos para os novos usos e que seria importante que agentes culturais possam ter voz nesse processo. ¿¿¿¿¿Novo Fórum O novo fórum de Uberlândia, denominado Palácio da Justiça Rondon Pacheco (Rua Rondon Pacheco, 6.130, Tibery), foi inaugurado em 15 de dezembro de 2017.  O espaço representou uma importante conquista para a comarca, ao proporcionar a magistrados, servidores e operadores do direito melhores condições de trabalho e, à comunidade, uma melhor prestação jurisdicional. Executado com recursos próprios do TJMG, da ordem de R$ 65 milhões, o prédio é dotado da infraestrutura compatível com as mais novas soluções tecnológicas e foi construído dentro de modernos princípios de acessibilidade e sustentabilidade. Possui nove pavimentos em aproximadamente 21 mil metros quadrados de área construída, com uma capacidade para abrigar até 46 varas judiciais e com estacionamento para 429 veículos.
15/10/2018 (00:00)
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