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Canais de investigados em inquérito das fake news receberam verba estatais

Canais do YouTube de investigados pelo inquérito das fake news por ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), defesa do fechamento do Congresso e intervenção militar no Brasil foram financiados com verbas publicitárias de empresas estatais, segundo levantamento pulgado neste domingo pelo jornal 'O Globo'. Os dados, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, revelam que, "ao todo, mais de 28 mil anúncios da Petrobras e da Eletrobras foram veiculados nesses canais entre janeiro de 2017 e julho de 2019, antes e durante o governo Bolsonaro”. Dados da Secretaria de Comunicação da Presidência mostram que, no período de janeiro a setembro do ano passado, o governo veiculou quase 1,5 mil anúncios no site do blogueiro Allan Lopes dos Santos, um dos suspeitos nas investigações. Mas não revela valores. Em seu perfil pessoal no Instagram, Allan dos Santos exibe várias fotos com o presidente e mostra ter acesso fácil ao palácio e ao presidente, a quem chama de “amigo”. Em 2018, um dia depois do segundo turno das eleições, escreveu: "O presidente eleito recebeu um zé ninguém só por ser um amigo". Neste mês, Allan publicou uma foto em frente ao Supremo, mostrando o dedo do meio. Ele tem um site e também um canal no YouTube com mais de 900 mil inscritos. Em depoimento à CPMI das Fake News, em novembro do ano passado, Allan disse que não recebia dinheiro do governo. Outra base de dados, da Secretaria de Comunicação da Presidência, aponta que mais de 390 mil anúncios do governo federal tiveram como destino 11 sites e canais com o mesmo perfil entre junho e agosto do ano passado". Essa "verba foi destinada para a campanha sobre a reforma da previdência". Em resposta à reportagem, a Secom e as empresas estatais disseram que "não direcionaram as verbas para os veículos, embora não seja possível impedir que um determinado canal receba publicidade". Isso porque um tipo de propaganda na internet chamada de programática -- que consegue direcionar os anúncios para os usuários que mais se encaixam naquele perfil de consumo. Para ter acesso a essa tecnologia, os anunciantes -- como a Petrobras e a Eletrobras -- contratam empresas intermediárias, que negociam com as plataformas. A reportagem do jornal também revela ainda que entre os blogueiros que receberam verba publicitária da Petrobras e que são investigados pelo STF estão Allan dos Santos, Enzo Leonardo Suzi Momenti e Bernardo Pires Kuste. Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, hoje se diz ex-feminista e, em 2014, foi às ruas protestar contra o então deputado Jair Bolsonaro, de quem agora é apoiadora. Já ocupou cargo no governo federal na Secretaria Nacional de Políticas para as mulheres. Foi nomeada em junho de 2019, e exonerada em outubro. Neste mês, o Ministério Público do Distrito Federal moveu ação contra ela e outros integrantes de um acampamento instalado na Esplanada dos Ministérios. Os promotores chamam o grupo de "milícia armada". Em entrevista à BBC Brasil, ela reconheceu a "existência de armas dentro" do grupo. O inquérito que apura os ataques contra o Supremo Tribunal Federal também investiga quem bancaria uma estrutura de fake news. Os indícios apontam para Edgard Gomes Corona, Luciano Hang, Otavio Oscar Fakhoury, Reynaldo Bianchi Junior e Winston Rodrigues Lima. Eles tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados. O empresário Luciano Hang, em outro processo, foi condenado em primeira instância a indenizar o reitor da Unicamp por ter publicado uma informação falsa sobre ele. Em nota, a defesa do empresário Luciano Hang disse que, em relação ao processo movido pela Unicamp e o reitor Marcelo Knobel, que ele "apenas exerceu sua liberdade de expressão, e que recorrerá da decisão". Em relação ao inquérito do STF, disse que "não realizou nenhuma publicação de fake news, tampouco financiou qualquer um dos investigados". A defesa de Edgard Corona disse que o empresário está à disposição da justiça. Por nota, a defesa de Winston Rodrigues Lima disse que foi alvo das investigações em virtude de sua atividade como ativista, e que, a respeito de possíveis financiamentos do qual é acusado, não restará dúvida alguma sobre sua conduta ética e moral. Reynaldo Bianchi Junior negou ter cometido qualquer ato que pudesse ter ensejado o mandado de busca e apreensão. Ele, os advogados de Sara Fernanda Geromim e os de Bernardo Pires Kuster disseram que ainda aguardam acesso ao inquérito para poderem se manifestar. Allan dos Santos diz que seu site tem sido vítima de uma campanha difamatória e que não deixará de criticar os ministros da Suprema Corte. O Planalto não quis comentar. O deputado Eduardo Bolsonaro não retornou o contato. Nós não conseguimos contato com os advogados de Enzo Leonardo Suzi Momenti e com Otavio Oscar Fakhoury.
31/05/2020 (00:00)
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