Cancelamento de diplomas de professores é tema de audiência pública
Professores, ex-alunos, representantes de faculdades e convidados reuniram-se na quinta-feira (14/2), no plenário Tiradentes, para debater a perda de registros acadêmicos por profissionais formados. As instituições de ensino envolvidas são a Faculdade da Aldeia de Carapicuíba (Falc) e a Universidade Iguaçu (Unig).
Convocada pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL), a reunião teve como principais objetivos discutir possíveis soluções e esclarecer a situação. É a segunda audiência pública sobre o assunto " a primeira foi no dia 6/12 do ano passado. O assunto decorre da CPI das Faculdades Irregulares, feita pela Assembleia Legislativa de Pernambuco em 2016.
Pressionada por uma investigação no Ministério Público Federal, a Unig cancelou mais de 80 mil diplomas expedidos. A universidade era responsável pelos registros da Falc, pois o Ministério da Educação (MEC) estabelece que somente centros universitários podem formalizar esse registro.
As consequências para os envolvidos são persas. Danielle da Silva, professora da rede municipal, explicou que usou o seu diploma de pedagogia para evolução funcional, porém quando consultou o site da universidade observou que seu registro acadêmico foi cancelado. "O meu diploma é de 2014. Estou em 2019, precisando resolver uma situação impossível de entender. Como o MEC regulariza e agora não vale mais?", questionou.
Segundo Giannazi, a Alesp pode ajudar a resolver o problema. "Todos esses professores foram vítimas de uma irresponsabilidade do Poder Público e das faculdades envolvidas. Tentaremos resolver isso junto ao Ministério Público, ao Ministério da Educação (MEC), à Secretaria de Educação e às universidades. Estamos trabalhando bastante nesse caso."
A audiência foi acompanhada por dois advogados representantes do grupo de professores envolvidos, com a finalidade de explicar as etapas do processo.