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Como presidente da Assembleia, Guataçara Borba Carneiro assumiu por três vezes o Governo do Estado

Neto do sertanista, escritor, explorador e político Telêmaco Borba, Guataçara Borba Carneiro nasceu em Reserva, em 24 de maio de 1899, filho de Cipriano Borges Carneiro e Luiza Marosini Borba Carneiro. Morou com o avô na cidade de Tibagi, onde frequentou a única escola da região, do professor José da Cruz Machado. Deu continuidade aos estudos em Piraí, depois veio para Curitiba, onde fez o serviço militar. Casado com Mathilde Mercer, associou-se ao sogro, Edmundo Alberto Mercer, num estabelecimento comercial de ferragens e armarinhos.Começou a atuar politicamente pelas mãos do sogro, nas eleições municipais de 1920. Exerceu a função de delegado de polícia e foi posteriormente nomeado promotor público da comarca. Junto com o cunhado, Edmundo Mercer Júnior, abriu um escritório de advocacia, sendo provisionado solicitador pela OAB em 1931. Durante a Revolução de 1930, na condição de delegado de polícia de Tibagi, organizou a resistência local com cinco soldados e dez presos. Em função disso, acabou sendo removido para o presídio político localizado no Alto de São Francisco, em Curitiba, onde já estavam figuras de prestígio como Marins Alves de Camargo, Lysimaco Ferreira da Costa, João Moreira Garcez e outros.Prefeito – Beneficiado com prisão domiciliar, morou na casa do sogro, em Curitiba, até o início de 1931. Convidado por Marins de Camargo, ingressou na União Republicana Paranaense. Em 1935 venceu a eleição para prefeito de Tibagi, derrotando Nelson Santos, filho de um líder político local, Augusto dos Santos, o que despertou a ira do interventor Manoel Ribas. Pressionada, a Justiça Eleitoral anulou várias urnas e um rumoroso processo eleitoral teve início. Com sua vitória reconhecida pelos tribunais, Guataçara finalmente tomou posse em 12 de setembro de 1936, mas ficou pouco tempo no cargo. Com o Estado Novo, Manoel Ribas voltou ao pleno poder de interventor e nomeou para o cargo de prefeito de Tibagi o cunhado de Guataçara, Edmundo Mercer Júnior, e depois seu tio, Leopoldo Mercer.No início da década de 1940, insatisfeito com a situação do município, o interventor decidiu superar suas pergências com Guataçara e lhe devolveu o cargo, onde ele ficou até o fim do Estado Novo. Com o retorno do país à normalidade democrática, em 19 de janeiro de 1947 foram realizadas eleições para governador e deputados estaduais. Moysés Lupion de Troya (PSD) foi eleito governador. E na bancada estadual do partido encontrava-se Guataçara, eleito com 1.455 votos. Em 1949 Nhô Guata, como também era conhecido, é eleito presidente da Assembleia Legislativa. Em 24 de julho o governador Lupion se licenciou e Guataçara assumiu o governo. No dia 6 de setembro, o escritor Érico Veríssimo, que viera a Curitiba para inaugurar uma filial da Livraria Globo, fez uma visita de cortesia a Guataçara, no Palácio de São Francisco, fato que o marcou profundamente.Oposição – Nas eleições de 3 de outubro de 1950, Guataçara se reelegeu com 2.918 votos, mas passou a integrar a oposição, pois o candidato de seu partido, Angelo Lopes, perdeu para Bento Munhoz da Rocha Netto. Em 3 de outubro de 1954, Guata obteve novo mandato para a Assembleia com 3.258 votos. Reelegeu-se pela última vez em 3 de outubro de 1958.  Em 31 de outubro de 1959, assumiu pela terceira vez o Governo do Estado, quando se discutia a sucessão de Lupion, então em seu segundo mandato. Guata promulgou nessa época lei que concedia aumento de salário-família para os servidores do Estado.Em 1960, desgostoso com o resultado da convenção estadual do PSD, que escolheu Plínio Franco Ferreira da Costa para disputar o Palácio Iguaçu, decidiu apoiar a candidatura de Ney Braga (PDC), comprometendo seu futuro político e o de seu partido. Inconformado com a derrota de seu partido, Lupion não transmitiu pessoalmente o governo ao sucessor eleito. Por meio de ofício, transmitiu o posto a Guataçara, então em seu segundo mandato como presidente da Assembleia, incumbindo-o de passá-lo a Ney. Acompanhou seu líder no ostracismo, retirando-se para Tibagi, onde se dedicou à sua banca de advocacia e aos cuidados com os netos.Foi também secretário de Interior e Justiça, de 11 de junho de 1856 a 1º de agosto de 1958, e secretário de Governo, de 28 de fevereiro de 1957 até o início de abril do mesmo ano.Após algum tempo de ostracismo, Guataçara reapareceria fugazmente na cena política como presidente da extinta Arena de Tibagi. Morreu no dia 17 de junho de 1979, aos 80 anos. Exerceu grande influência na política de seu tempo, tanto pelo poder de liderança, como pela habilidade com que exercia a coordenação política. Leitor entusiasmado, supriu com boa leitura a falta de curso superior, tornando-se autodidata de reconhecido valor intelectual.
17/10/2018 (00:00)
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