OAB Ceará acompanha julgamento de apelação no caso da advogada Danielle Ximenes
Na manhã desta sexta-feira, 22 de novembro, a OAB Ceará marcou presença no julgamento de uma apelação do caso da advogada Danielle Ximenes. A sessão foi realizada no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), em Fortaleza, e contou com a participação do diretor de Prerrogativas da Ordem, Márcio Vitor Albuquerque, e do advogado do Centro de Apoio e Defesa do Advogado e da Advocacia (CADAA), Paulo Oliveira.
De acordo com o diretor, a presença da OAB no julgamento reforça a missão institucional de garantir que os direitos da advocacia sejam preservados, além de demonstrar solidariedade à classe em situações de extrema relevância, como a do caso em questão.
O diretor destacou o compromisso da OAB Ceará com a advocacia cearense e com a busca pela justiça. “Estamos aqui para reafirmar que a OAB estará sempre vigilante e atuante na defesa das prerrogativas da advocacia. A OAB-CE vem acompanhando esse caso desde 2012, e esperamos que não haja nenhuma mudança.”, afirmou o Márcio Vitor.
O Tribunal de Justiça do Ceará, por meio da 2ª Câmara, deliberou, de forma unânime, que irá manter a condenação da escrivã da Polícia Civil, Regina Lúcia de Amorim Gomes, de 16 anos de prisão por mandar matar a advogada Maria Danielle Ximenes, de 52 anos, dentro do escritório da vítima no Bairro Cidade dos Funcionários, em Fortaleza.
Sobre o Caso
Maria Danielle Ximenes, advogada de 52 anos, foi assassinada em 22 de junho de 2012, em Fortaleza, Ceará. No momento do crime, ela atendia um cliente em seu escritório no bairro Cidade dos Funcionários quando foi surpreendida por um homem que efetuou três disparos: na mão, no peito e no ombro. Mesmo ferida, Danielle conseguiu anotar o nome do agressor, Carlos Cley Rebouças Rocha, antes de falecer.
As investigações apontaram que o crime foi encomendado por Regina Lúcia Amorim Gomes, escrivã da Polícia Civil do Ceará. Regina teria contratado Carlos Cley para executar o homicídio devido a disputas judiciais envolvendo a advogada, que representava um ex-companheiro de Regina em processos relacionados à partilha de bens.
Carlos Cley permaneceu foragido por quase sete anos, sendo preso em março de 2019 no Amazonas. Em agosto de 2024, ele foi condenado a 21 anos e 4 meses de prisão por homicídio duplamente qualificado.