OAB-PR e TRT-9 dialogam sobre atividades nas varas itinerantes de Loanda, Medianeira, Pitanga e São Mateus do Sul
O Presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT9), desembargador Célio Waldraff, convidou a diretoria da OAB Paraná para um diálogo, nesta quarta-feira (4/12) sobre as atividades nas Varas Itinerantes de Loanda, Medianeira, Pitanga e São Mateus do Sul. Estiveram presentes o vice-presidente da seccional, Fernando Deneka; a secretária-geral adjunta Roberta Santiago; a presidente da OAB Pitanga, Geovania Dziubate; a vice-presidente da OAB Loanda, Thaiz Pereira Lopes Pires; o conselheiro estadual Cristiano de Assis Niz; e a secretária-geral adjunta da OAB União da Vitória, Michely Franco. As juízas auxiliares da Presidência, Simone Galan de Figueiredo e Angélica Slomp, também participaram do encontro.
O presidente do TRT9 iniciou a reunião apresentando um levantamento sobre o percentual de audiências presenciais e telepresenciais nas regiões e o custo para manter os juízes nas Varas Itinerantes. De acordo com o estudo, mais de 80% das audiências são telepresenciais ao passo que o custo para manter a Vara Itinerante é elevado.
Agradecendo o convite para o diálogo, os representantes da OAB se manifestaram no sentido de que a realidade de cada região tem mudado com o aumento das demandas, crescimento da área empresarial e solicitaram uma melhor avaliação ao longo dos próximos meses sobre a conveniência da manutenção das Varas Itinerantes, dado o recorte temporal limitado do estudo, que pode não ter apanhado questões sazonais.
“Vemos com grande preocupação a possibilidade de extinção dessas varas itinerantes. Elas atendem, além de toda a advocacia local, também os jurisdicionados, que, sem elas, teriam grande dificuldade de acesso à Justiça”, ressalta Deneka. O vice-presidente da seccional relata que a presidência do TRT9 se mostrou sensível aos argumentos apresentados e aberta ao mais aprofundado levantamento de dados e informações das realidades locais. “Essa abertura para diálogo é extremamente importante diante das decisões que serão tomadas”.
Roberta Santiago relata que também se apontou a importância de levar em conta a incerteza quanto à preferência de cada juiz. “Alguns optam por audiências 100% presenciais, o que prejudicaria as partes litigantes na ausência de uma Vara Itinerante”.
Os representantes de cada localidade também expuseram as particularidades regionais. Um levantamento mais aprofundado, com detalhamento maior sobre as audiências híbridas, será feito pelo TRT9 e repassado à OAB. A seccional, por sua vez, enviará ao tribunal um estudo de cada localidade. “Não há nenhuma decisão fechada. A conversa foi um ponto de partida para uma reflexão”, completa a secretária-geral adjunta da seccional.