Justiça Restaurativa Escolar reúne diretores de escolas municipais
Foi realizada nesta sexta-feira (22) uma reunião com a direção/coordenação das escolas municipais atendidas pela Justiça Restaurativa Escolar para planejamento de ações das equipes, conforme a necessidade de cada comunidade escolar e, consensualmente, escolheram uma destas escolas da rede municipal para se tornar “escola referência” em Justiça Restaurativa e cultura de paz, na Capital. A fim de elaborarem o plano de ações preventivas à violência escolar a serem praticadas neste primeiro semestre, participaram do encontro a direção e coordenação das escolas municipais Profª Danda Nunes, Sullivan Silvestre Oliveira e Profº Licurgo de Oliveira Bastos. A parceria entre Justiça Restaurativa e equipe técnica escolar tem sido vista como muito promissora, pois ao replicar os valores praticados nas dinâmicas restaurativas, os alunos vivenciarão cada um destes, podendo escolher o valor que tenha maior significado à sua história de vida. “Quanto mais cedo começar a prevenção, melhor o resultado”, diz a coordenadora dos 5ºs anos de ensino fundamental, professora Kátia, da Escola Municipal Prof. Licurgo.
Na ocasião, conheceram as instalações da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) e visitaram a equipe da Justiça Restaurativa Juvenil, se informando das atribuições de cada setor, e assistiram a palestra proferida pelos facilitadores Maria Ednalva do Nascimento e Giovanni Figueiredo sobre o que é ser “escola referência”.
A princípio foi questionado sobre o que pensavam de ter sua escola como referência e se estavam dispostos às mudanças necessárias. Como todos os presentes se inscreveram para terem seu espaço transformado pela doutrina e princípios restaurativos, foi realizado um sorteio. Ganhou a Escola Municipal Sullivan Silvestre Oliveira, que comemorou com euforia, pois na fala da diretora Maria Elisa Vilamaior, esse programa é muito importante porque trabalha valores e metodologias alternativas. “A escola enfrenta problemas sociais por discriminação dos indígenas frente a sociedade. Por estar inserida em uma aldeia urbana, a comunidade enfrenta questões culturais diferenciadas, havendo necessidade desse olhar humanizado”. Para a responsável pelo programa, a servidora do Tribunal de Justiça e coordenadora da Justiça Restaurativa nas Escolas, Márcia Regina, esses momentos são necessários para aproximação do Judiciário e Escolas, desmistificando a imagem formal que o Poder Judiciário possui. “Ao se promover a escuta atenta e personalizada dos gestores das escolas atendidas conseguimos conhecer melhor a realidade e dificuldades de cada diretor e cada região nos programando para atendê-las, inpidual e coletivamente”.