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OAB Paraná participa de conferência de enfrentamento à violência contra crianças

Representando o presidente da OAB Paraná, José Augusto Araújo de Noronha, o presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da seccional, Anderson Rodrigues Ferreira, participou na manhã desta terça-feira, 20 de março, da abertura da Conferência Estadual de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes. O evento foi aberto pelo governador Beto Richa e pela secretária de Estado da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa.A conferência vai até dia 22/3 com palestras e mesas-redondas. Ela reúne 900 agentes da rede de proteção a crianças e adolescentes, como gestores e conselheiros tutelares. O grupo foi brindado, na abertura, com canções dos Beatles e de Tom Jobim, apresentadas pela Orquestra Ladies Esamble. Em seguida, o governador destacou a sensibilidade como principal ferramenta para superar os desafios no campo da proteção das crianças e dos adolescentes e disse que 80% do orçamento estadual é voltado para a área social.Em nome da OAB Paraná, Ferreira saudou as autoridades presentes pela iniciativa de realizar o congresso e lembrou do relevante papel dos órgãos de proteção de estado para apoiar a causa, destacando sobretudo a importância da boa gestão do Fundo para a Infância do Adolescente (FIA) e do trabalho para que sejam evitados impasses como os que envolveram os recursos para o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), ao longo do ano passado, não se repitam (veja abaixo a íntegra do discurso).EmpenhoNo ano passado, a atuação da OAB Paraná em conjunto com o Fórum da Criança e do Adolescente, foi decisiva para que o Ministério dos Direitos Humanos e o Governo do Paraná assinassem, em setembro, o convênio que garante o repasse de recursos destinados ao PPCAAM no Paraná.O trabalho da Comissão da Criança e do Adolescente e do Conselho Estadual do Direito da Criança e do Adolescente (CEDCA) também garantiu o repasse de R$ 1,5 milhão ao PPCAAM, enquanto o convênio ficou pendente. Os valores oriundos do Fundo da Criança e do Adolescente (FIA) foram liberados em caráter excepcional, uma vez que a base orçamentária do Executivo não contemplava esta política pública em sua integralidade.O PPCAAM, criado primeiramente pelo Governo Federal no ano de 2003, foi instituído pelo Decreto nº 6231/2007. No Paraná, o Programa PPCAAM foi instituído pelo Governo do Estado, por meio do Decreto nº 6489/2010. Seu principal objetivo é proteger crianças e adolescentes ameaçados de morte. A solicitação da inclusão das vítimas no programa é feita pelo Poder Judiciário, Conselhos Tutelares e Ministério Público. Na execução do programa, as vítimas e seus familiares são retirados de suas localidades e mantidos em novos endereços.PresençasTambém estiveram presentes na mesa de abertura da conferência o presidente do CEDCA, Alann Barbosa Caetano Bento; Artagão de Mattos Leão Júnior, secretário de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná; Júlio Reis, secretário de Estado da Segurança Pública; a desembargadora Ivanise Maria Tratz Martins, representando o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, Renato Braga Bettega; as promotoras do Ministério Público do Estado do Paraná Luciana Lineiro e Tarsila Teixeira; e o defensor público-geral do Paraná, Eduardo Ortiz Abrãao.Por uma proteção efetiva O Estatuto da Criança e do Adolescente especifica que toda criança deverá estar protegida de ações que possam prejudicar seu desenvolvimento. No entanto, a realidade de transgressão a esse direito atinge uma parcela significativa de crianças, que têm seu cotidiano permeado por variadas formas de violência. Acreditamos que este congresso tem o objetivo de capacitar profissionais para atuar na defesa dos direitos desses que são sujeitos de direitos. Dentro deste escopo preventivo, saúdo em nome da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Paraná esta iniciativa de nosso estado por este congresso, considerando que a definição de uma política eficiente no enfrentamento da violência passa pelo envolvimento de persos e estratégicos atores sociais, dentre eles todos aqui hoje presente!! Grande parte da violência contra crianças e adolescentes ocorre no lar e na família, nas escolas ou em ambientes que deveriam ser de confiança, ou ainda em sistemas assistenciais e de cumprimento de medidas socioeducativas, nos locais de trabalho e na comunidade. Lembremos sempre que a violência contra crianças e adolescentes é todo ato ou omissão cometido pelos pais, parentes, outras pessoas e instituições (aqui entra o estado) capazes de causar dano físico, sexual e/ou psicológico à vítima. Implica, de um lado, uma transgressão no poder/dever de proteção do adulto e da sociedade em geral e, de outro, numa coisificação da infância. Isto é, uma negação do direito que crianças e adolescentes têm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condições especiais de desenvolvimento. O ECA, norma jurídica importante no nosso marco legal, contribui e vem contribuindo para que se torne visível uma condição, antes de tudo, de violação dos Direitos Humanos, mas para resolver esta realidade temos que enfrentar Vários fatores que contribuem para que essa prática seja observada e mantida, dentre os quais destacamos: as relações de poder e de gênero predominantes nas sociedades, as características do agressor e da vítima, questões culturais, e principalmente a ausência de mecanismos seguros e confiáveis, medo de denunciar, ineficiência dos órgãos de proteção do estado, fato que este evento tem que ter como norte a solucionar e não repetir o imbroglio do passado recente do PPCAAM Paraná, ou a questão dos processos de vagas em CMEIS parados durante anos no TJ. Cidadãos Presentes cobrem os poderes, pois Democracia se faz com mais Democracia e pressão, pois temos que defender as conquistas que chamamos de Direitos, os quais não foram dados pelo constituinte, mas conquistado por nosso povo! Peço que nunca se curvem a estas mazelas! Friso Abaixo as palavras do ex-presidente da OAB, doutor Cezar Brito: "Não irei tatuar em minha História ter colaborado com a ascensão do autoritarismo, o meu partido é a Constituição e, por força dela, o Estado Democrático de Direito. Não posso negar a missão a me atribuída pelo art. 133 da Constituição, ainda que tal dever possa desagradar autoridades ou parecer impopular perante a opinião pública.” Não se constrói a democracia com a prática de ilegalidade, mesmo quando ela ajude o querer de alguns. Não defendo o Estado Democrático de Direito pela metade ou apenas quando seus princípios me agradam. As togas, ternos e vestidos também devem vestir a roupa da Constituição. Rui Barbosa, acertadamente, advertiu que quando a política entra nos tribunais, a Justiça sai pelas portas do fundo. Este ano comemoramos 30 anos de nossa Carta Magna, podemos em muitos casos não concordar com a norma constitucional, mas jamais rasgá-la ou vilipendiar o seu espírito por conveniência política. Todas as crianças e todos os adolescentes têm o direito de proteção contra qualquer tipo de violência, seja aquela que acontece no ambiente familiar, na comunidade, em consequência de conflitos armados ou de violência urbana. Todas as formas de violência vivenciadas por meninas e meninos, independentemente da natureza ou gravidade do ato, são perversos. Além da dor e do sofrimento que causa, a violência mina o senso de autoestima das crianças e dos adolescentes, e aos presentes sempre tenham a Ordem dos Advogados do Brasil como parceiros na defesa dos direitos humanos, e em especial de crianças e adolescentes. Obrigado!
20/03/2018 (00:00)
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