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Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas capacita rede de parceiros

A Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas (VEPMA) da Comarca de Macapá realizou capacitação para sua rede de parceiros no Teatro Leonor Barreto Franco (SESI/AP). Os capacitados são profissionais de instituições públicas e outras não governamentais que recebem pessoas em cumprimento de medida judicial (prestação de serviços comunitários) ou que recebem recursos financeiros (penas pecuniárias). Entre as instituições de origem dos profissionais capacitados estão: escolas, postos de saúde, delegacias, órgãos públicos, unidades judiciárias e ONGs que recebem esses cumpridores de penas e medidas alternativas. “Em contrapartida, existe a possibilidade dessas instituições receberem recursos gerenciados pela VEPMA, valores que os processados e condenados pagam à Justiça e que são devolvidos para a sociedade por meio de projetos sociais apresentados pelos parceiros”, explicou a pedagoga Antonice Pinho Melo, servidora da VEPMA. Para receber os benefícios da parceria, é preciso que a instituição comprove relevantes serviços prestados à comunidade, como é o caso do Centro Educacional Irmã Carmela Bonassi, localizado no bairro Marabaixo III, na capacitação representado pela irmã Geane Alves Tibúrcio. “Nossa instituição atende 433 crianças de 3 a 5 anos em risco socioeducativo, além de suas famílias, por meio da educação e do acolhimento social”, explicou a religiosa. Irmã Geane relatou que a instituição tem parceria com a VEPMA há mais de cinco anos e que já recebe os recursos oriundos das penas pecuniárias. “Nós utilizamos esse recurso na compra de alimentos, material de manutenção e pequenas reformas – para que o ambiente permaneça sempre acolhedor”, detalhou. A freira explicou ainda que o recurso é renovado à medida que a instituição realiza corretamente a prestação de contas daquele valor que já foi utilizado. Antonice Melo faz questão de ressaltar que essas parcerias são de mão dupla, pois “uma vez que essas instituições recebem os cumpridores de penas e medidas alternativas, elas se tornam aptas a receber os recursos”. “Ainda assim, existem regras para que esses valores sejam repassados no intuito de apoiar os projetos desenvolvidos em benefício da comunidade”, complementou. Sheila Moraes, que participou da capacitação representando a Escola Estadual Antônio Castro Monteiro (localizada no bairro Zerão), relatou que a escola conta com pessoas em cumprimento de penas e medidas colaborando com a instituição de ensino. “São quatro pessoas apenas que trabalham em serviços gerais e na horta comunitária, além de darem suporte nos serviços de portaria”, explicou. “É preciso vencer os preconceitos contra essas pessoas, que estão cumprindo seus compromissos com a Justiça prestando serviços gratuitos à comunidade. Essa capacitação oferecida pela VEPMA ajuda a desconstruir esses preconceitos e possibilitar que as instituições quebrem a resistência e aceitem receber essas pessoas. Na nossa escola eles ajudam muito”, argumentou a professora Sheila. Ao serem encaminhados para as entidades parceiras, os processados recebem orientações estritas dos técnicos da VEPMA. “É feito um perfil dessa pessoa e nós avaliamos onde ela pode cumprir da melhor forma essa prestação de serviços. Observamos a lotação das instituições, considerando que algumas recebem jovens em conflito com a lei, os socioeducandos, e não podemos superlotar esse local. Nesse sentido temos uma média de indicações de sete pessoas adultas para cada instituição”, explicou Antonice Melo. A Polícia Militar é outra instituição que conta com apoio da VEPMA em persos projetos. O Tenente Coronel Cavalcante, responsável pelo Batalhão de Trânsito, integrou o treinamento e disse que recebe os cumpridores de medidas, que têm sido muito bem aceitos em tarefas de auxílio nos projetos educativos, bem como na atuação de fiscalização. “Com os recursos da VEPMA desenvolvemos persas ações de educação para o trânsito nas escolas, abrangendo alunos e professores”, garantiu o militar. “No trânsito, além de receberem as pessoas que cometem infrações, os apenados estudam a legislação de trânsito e realizam pequenas palestras sobre o tema, relatando sua própria experiência de infração, para assim levar as outras pessoas, e eles próprios, a uma reflexão sobre as consequências dessas infrações”, relatou o coronel Cavalcante. Para Charles José Gonçalves, diretor da Escola Municipal Roraima, participou do treinamento para conhecer as possibilidades de parceria. “Temos projetos na escola que precisam desse apoio, como a sala de leitura e o laboratório de informática. Nossas necessidades são voltadas para a compra de equipamentos como computadores e centrais de ar”, explicou. Antonice ressaltou que, durante a capacitação, os parceiros podem tirar dúvidas, fazer críticas e dialogar para aperfeiçoar todo o processo. “É importante que eles escutem, da nossa equipe e do juiz, como esse trabalho deve ser desenvolvido nas instituições. O nosso prestador de serviços é como se fosse um funcionário da instituição, que deve cumprir as mesmas regras que os demais funcionários cumprem”, finalizou. Assessoria de Comunicação Social Siga-nos no Twitter: @Tjap_Oficial Facebook: Tribunal de Justiça do Amapá YouTube: TJAP Notícias Flickr: www.flickr.com/photos/tjap_oficial Instagram: @tjap_oficial Programa Justiça por Elas- Rádio 96.9 FM Programa Conciliando as Diferenças- Rádio 96.9 FM Programa Nas Ondas do Judiciário- 630 AM Programa Justiça em Casa- Rádio 96.9 FM Programa Justiça Contando Histórias- Rádio Difusora Detalhes Criado: Sexta, 17 Agosto 2018 01:05
17/08/2018 (00:00)
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