Impacto da violência de gênero no trabalho de mulheres será tratado em seminário no TST
29/02/24 - O Tribunal Superior do Trabalho promoverá, nos dias 5 e 6 de março (terça e quarta-feira), o Seminário Violências de Gênero e Trabalho. O objetivo é discutir as intersecções entre as violências de gênero e o trabalho, as formas em que elas ocorrem e seu impacto nas trajetórias profissionais de mulheres.
Os paineis discutirão as múltiplas violências de gênero, a violência, o assédio e a discriminação no mundo do trabalho, as desigualdades salariais e suas interseccionalidades, a violência política de gênero e os impactos da violência contra as mulheres na saúde mental.
O seminário contará com a presença de juristas e especialistas. Veja a programação completa
Agressões
A violência de gênero pode ser definida como qualquer tipo de agressão física, psicológica, sexual ou simbólica contra alguém em razão de sua identidade de gênero ou orientação sexual. Historicamente, por conta das relações desiguais, as mulheres são as mais atingidas.
Inscrições
O seminário será realizado no auditório Ministro Mozart Russomano, na sede do TST, e terá a transmissão ao vivo no canal do TST no YouTube. As inscrições já estão abertas. O evento, que conta com o apoio da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat), dará certificação para as pessoas que o acompanharem.
Gente que inspira
No dia 5, às 17h15, o TST vai promover a quarta edição do projeto Gente que Inspira. Serão homenageadas mulheres que integraram a Assembleia Nacional Constituinte de 1987/1988 e que contribuíram na luta contra o racismo e o sexismo, na defesa dos direitos humanos, da igualdade de gênero, da educação, da cultura e da justiça social e na formulação de políticas públicas voltadas para mulheres.
Desta vez, serão quatro homenageadas:
. Lélia Gonzalez (1935-1994, em homenagem póstuma), professora, antropóloga e militante reconhecida por seu engajamento na luta contra o racismo e o sexismo.
. Lídice da Mata, ex-prefeita de Salvador, ex-governadora da Bahia, é atualmente deputada federal e reconhecida por sua trajetória dedicada à defesa dos direitos humanos, da igualdade de gênero, da educação, da cultura e da justiça social.
. Jacqueline Pitanguy foi presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) de 1986 a 1989, é socióloga, militante e coordenadora executiva da ONG Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação (CEPIA).
. Amelinha Teles, diretora da União de Mulheres de São Paulo e coordenadora do Projeto Promotoras Legais Populares, também foi fundadora do Grupo Tortura Nunca Mais e da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos.