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Laboratórios de inovação de dois tribunais federais apresentam seus avanços, no Webinário do CNJ e TJRN

O painel “Práticas Inovadoras”, trouxe duas experiências bem-sucedidas para os participantes do webinário Justiça 4.0, nesta quinta-feira (25). A juíza federal Rafaela Santos, do TRF4 (sediado em Porto Alegre), apresentou o projeto JusClima2030, projeto criado a partir do laboratório de inovação “inovatchê”; e a juíza federal Cristiane Conde (à direita), do TRF2 (Rio de Janeiro e Espírito Santo), apresentou o InovarES, iniciativa da Justiça Federal do Espírito Santo. A juíza federal Cristiane Conde iniciou a apresentação do InovarES pontuando que o laboratório, que foi criado em 2018, veio logo depois do laboratório de São Paulo e o de Natal. “O laboratório de inovação da Justiça Federal é um espaço coletivo para discussão de problemas e desenvolvimento de ideias e soluções através do uso de metodologias colaborativas e ferramentas de inovação”, explica a magistrada. Segundo ela, é importante ter um espaço de cocriação, onde você pode desenvolver solução de problemas, no caso do Espírito Santo, o design thinking é a metodologia utilizada. O InovarES tem um espaço físico diferente do que é habitualmente visto no Poder Judiciário, com paredes coloridas e espaços de cocriação, que incentivam a criatividade. “É importante porque o Poder Judiciário ainda é muito hierarquizado, então precisamos ter esses espaços diferentes, esses espaços que façam com que você tire essa mentalidade e passe a ter uma nova maneira de pensar”, disse Cristiane. Estímulo aos talentos Ela pontuou que a inovação não se restringe apenas à tecnologia, mas ao desenvolvimento de talentos. “Foi importante para nós fazermos um estudo, trouxemos um especialista, desenvolvemos a competência da inovação através de um treinamento”. A juíza ainda exemplificou a importância do laboratório com a experiência ocorrida em 2019, onde foram chamados todos os diretores de secretaria da Justiça Federal do ES para que eles desenvolvessem o programa de desenvolvimento gerencial dentro do laboratório. “Foi um impacto, de primeira eles ficaram desconfiados, mas ao final foi um verdadeiro sucesso”, comemora. Com o início da pandemia da Covid-19, o espaço físico não pode mais funcionar, mas as atividades não pararam. Observando a dificuldade de acesso à justiça durante o período de isolamento, foi criada a “Ju” (abreviação de Justiça), uma série de atendentes virtuais, mulheres diferentes que representam e falam pela Justiça. “Foi uma solução para o atendimento de pessoas durante a pandemia. O chatbot da Ju é uma ferramenta de atendimento remoto dentro do Whatsapp, que utiliza um robô de respostas automatizadas, e visa atender cidadãos que desejam ingressar com ações nos Juizados Especiais Federais do Espírito Santos ou buscar informações gerais”, explica a juíza. Economicamente viável, a Ju transformou-se em três chatbots distintos, um para atendimento dos advogados, outro para o 1º atendimento, onde existem todas as informações sobre como entrar com processo e outro de informações gerais como por exemplo de perícias e audiências. O laboratório também se engajou em diferentes práticas, como a criação de uma cartilha virtual sobre segurança em barragens, para pessoas que moram perto e precisam de informações. Dentro do aplicativo existem o mapeamento das barragens, locais de perigo, rotas de fuga. LIODS Outra iniciativa é a Plataforma Permanente da Democratização da Magistratura Brasileira, que surgiu a partir do Ato nº03/2020 do Conselho Nacional de Justiça, que instituiu o Laboratório de Inovação, Inteligência e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (LIODS), uma parceria do CNJ e da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem como objetivo fortalecer a produção de pesquisas em temas relacionados à Agenda 2030 da ONU. A plataforma é um espaço onde são encontrados dados, pesquisas, campanhas internas dos tribunais entre outras iniciativas que tratem das ODS promovidas pela Plataforma que são a ODS 5 – igualdade de gênero; ODS 10 – redução das desigualdades; e ODS 16 – paz, justiça e instituições eficazes. Sobre o laboratório e os projetos desenvolvidos, a juíza Cristiane Conde disse: “Vivemos um momento histórico único, um caminho sem volta, finalmente chegamos no século XXI, é uma quebra de persos paradigmas, uma nova forma a de administrar a justiça e é possível viver a experiência do laboratório de forma online”. Inovação e meio ambiente A juíza federal Rafaela Rosa (à direita), apresentou no painel o projeto JusClima2030, iniciativa criada no laboratório gaúcho inovatchê. O projeto foi pensado também a partir do LIODS, tendo como norte as ODS 7 – energia acessível e limpa; 13 – ação global contra a mudança global do clima; e 15 – vida terrestre. O projeto foi criado em novembro de 2020 e tem como objetivo a identificação e a pulgação de conflitos caracterizados como Litígios Climáticos, com a realização de um levantamento nacional das ações em tramitação ou encerradas em persos órgãos do Poder Judiciário, para criação de uma base da dados única, para dar visibilidade às ações. A juíza falou sobre as reuniões realizadas todas de forma remota. A primeira teve como objetivo apresentar a discussão sobre as mudanças climáticas, os consensos científicos, os acordos mundiais para tentar frear a mudança, as maiores fontes globais de emissão e etc. Ela ressaltou que o projeto tem esse nome pois é consenso que entre 2020 e 2030 é preciso reduzir drasticamente as emissões, para que a mudança não seja catastrófica e irreversível. As reuniões são gravadas e estão disponíveis no canal do youtube do JusClima2030. O segundo encontro da equipe teve como tema o que podemos fazer enquanto Poder Judiciário para reverter o quadro das mudanças climáticas. “A partir do momento que tomamos ciência que a mudança climática é um problema tão ou mais grave que a pandemia que vivemos e que vai ter um efeito exacerbado sobre a gestão pública, temos um dever constitucional de proteger o meio ambiente”, salienta Rafaela.  
25/02/2021 (00:00)
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