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Mãe adotiva de dois filhos deficientes teve sua vida transformada

Neste mês de outubro, no qual comemora-se o Dia Nacional do Deficiente Físico (11), a Comissão de Acessibilidade e Inclusão no âmbito do Poder Judiciário de MS, em parceria com a Coordenadoria da Infância e da Juventude, estão pulgando histórias de famílias especiais que possuem filhos com algum tipo de deficiência que merecem todas as oportunidades e direitos das outras crianças. Hoje, a personagem é Clarice Maria Concio de Oliveira, mãe adotiva de dois filhos com deficiência. A primeira adoção foi muita rápida, conta ela, veio quando descobriu que a menina tinha paralisia cerebral e havia sido abandonada pela mãe. Já o pai estava preso, impossibilitado, assim, de cuidar da criança. O segundo filho foi um pouco mais demorado. Ele estava numa instituição de acolhimento há quase 4 anos e, por ser especial, já tinha sido devolvido por outra família. Então houve bastante cautela do juiz para ocorrer a adoção dele, recorda Clarice. E hoje, conta ela, “as coisas estão caminhando devagar ... enfrentando preconceitos”. Com relação à acessibilidade em órgãos públicos, a mãe defende que “quando se fala de órgãos públicos, eu acredito que eles, por si só, deveriam seguir a lei sem precisar a cobrança de ninguém. Mas, infelizmente, não funciona assim. Acredito que os órgãos públicos deveriam ser mais cobrados para que a acessibilidade exista para todos sem restrição”. Seus filhos frequentavam a escola, onde precisavam de uma professora para acompanhá-los, mas hoje eles não frequentam mais, afirma a mãe, porque ambos são cadeirantes e as aulas eram em período integral, ou seja, muito tempo longe de casa para duas crianças que usam fraldas, entre tantas outras peculiaridades e necessidades. Ela defende que deveria haver mais flexibilização por parte dos gestores públicos nas escolas estaduais e municipais. Já nas ruas da cidade, Clarice cita que poderia haver mais fiscalização dos motoristas que estacionam nas rampas de acesso às calçadas, pois, muitas vezes, os cadeirantes precisam se arriscar pelas ruas pela obstrução destas rampas pelos carros. As calçadas, aliás, também poderiam ser melhoradas, pois há trechos onde é difícil transitar por elas. As melhorias de acessibilidade, aponta a mãe de dois cadeirantes, também deveriam estar na fiscalização do transporte público, já que muitos portadores de deficiência utilizam os ônibus e sofrem muito preconceito pela falta de educação dos motoristas, relata Clarice. Se pudesse imaginar um ideal para seus filhos e as demais pessoas deficientes, Clarice discorre que neste mundo “não existiria tanto preconceito, e a burocracia seria pouca para resolver questões como carteirinhas de viagem, consultas médicas, principalmente neurologia e, para muitos pais de deficientes, o acesso a fralda descartável. Às vezes, o que sobra do salário para manter a família não é suficiente para adquirir a fralda”, ressaltou. Para seus filhos, em especial, o desejo de Clarice é ter um carro onde possa levá-los para passear, desejo que ainda não tem condições de realizar. Mesmo enfrentando tantos desafios diariamente, Clarice confessa que adotar uma criança ou adolescente com deficiência exige muita disponibilidade e amor, mas a quem se interessa, o recado dela é para não hesitar. “O amor dessas crianças transformam as nossas vidas e, se você tiver muito amor, não importa o tipo da deficiência, você vai conseguir mudar a vida dela para melhor e isso, consequentemente, mudará a sua vida também, pois a minha foi totalmente transformada”, concluiu.
23/10/2020 (00:00)
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