Clube do Livro Direito e Literatura inicia décimo ciclo com discussões sobre "Noturno do Chile"
Dando início ao décimo ciclo de leituras do Clube do Livro Direito e Literatura, servidores do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) se reuniram nesta segunda-feira (9) para discutir a obra Noturno do Chile, do autor chileno Roberto Bolaño. O encontro ocorreu no Café Literário da Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal).Durante a discussão, os membros do clube se debruçaram sobre as reflexões profundas propostas pela obra, que aborda a complexa relação entre arte e política em meio ao turbulento cenário da ditadura chilena. Lançado em 2000, o romance traz como protagonista um padre e crítico literário que relembra, em um leito de morte, sua cumplicidade silenciosa com o regime autoritário de Augusto Pinochet.Bolaño questiona, de maneira irônica e sutil, o papel da intelectualidade e da arte em períodos de grande conflito social. A narrativa de Noturno do Chile convida o leitor a pensar sobre as responsabilidades morais dos artistas e intelectuais diante de regimes opressores.Ciclo LatinoNesta edição, o Clube do Livro Direito e Literatura se dedicará exclusivamente à leitura de autores e autoras latino-americanos. O ciclo conta com seis obras selecionadas:1. Noturno do Chile, Roberto Bolaño – 09/09/20242. Cometerra, Dolores Reyes – 07/10/20243. A cachorra, Pilar Quintana – 04/11/20244. Gosma rosa, Fernanda Trías – 02/12/20245. Pedro Páramo, Juan Rulfo – 09/01/20256. Corpo desfeito, Jarid Arraes – 03/02/2025Com uma trajetória de mais de 54 obras já discutidas, o Clube do Livro tem sido um espaço de troca de ideias e reflexões críticas, promovendo o hábito da leitura entre servidores e juízes do TJAL. Os encontros são mensais, e as inscrições para participar são abertas a cada ciclo, com vagas rotativas para quem deseja debater obras específicas. O Clube foi idealizado pelos servidores Mirian Alves e Gustavo Tenório, e faz parte do projeto Justiça que Lê, apoiado pela Presidência do Judiciário alagoano. Em abril deste ano, o Clube foi reconhecido no Banco de Boas Práticas do Poder Judiciário, consolidando-se como uma iniciativa que promove o conhecimento literário e a reflexão crítica sobre questões sociais e jurídicas.Carolina Amancio – Ascom/Esmalimprensa@tjal.jus.br